WhatsApp identificará conversas com criptografia
Uma atualização do comunicador WhatsApp passou a identificar o uso de criptografia nas conversas realizadas pelo aplicativo. Nada muda para quem usa o programa, mas as conversas criptografadas trafegam de maneira “embaralhada” pela internet, de tal maneira que nem mesmo um grampo policial é capaz de enxergar o conteúdo do bate-papo e dos arquivos que são transferidos.
É possível perceber a mudança com um aviso que agora aparece nas conversas: “as mensagens que você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta”. Essa segurança é parecida com a utilizada em comunicações militares sigilosas.
A novidade vale para todas as versões do aplicativo, em todas as plataformas. Ou seja: não importa se você usa Android, iOS, Windows Phone, BlackBerry ou até mesmo um celular antigo da Nokia. O aplicativo até mesmo começou a avisar sobre a proteção das conversas, como mostra a captura abaixo.
Aviso de criptografia em conversa do WhatsApp. (Foto: Reprodução)
A criptografia forte começou a ser implantada em 2014, mas ainda restrita, funcionando apenas com alguns dispositivos e em situações específicas. Agora vale para tudo. Além disso, os usuários também não sabiam exatamente quando o recurso estava ativo ou não, o que tornava a tecnologia pouco confiável do ponto de vista dos mais conscientes da privacidade digital. Desde então, o aplicativo foi gradualmente expandindo a proteção às mensagens para cada vez mais usuários.
Assim, o app deve continuar no caminho de autoridades em investigações policiais. Nos últimos meses, a Justiça brasileira encontrou problemas com o serviço, que não só não guarda as mensagens dos usuários como também as codifica, tornando inviável recorrer a elas no caso de uma investigação criminal. Isso fez com que o aplicativo fosse temporariamente bloqueado no país no ano passado e causou a prisão de um executivo do Facebook. Ao mesmo tempo, a criptografia é indispensável para garantir a segurança do conteúdo das mensagens, para garantir que ela não seja interceptada pelo cibercrime ou mesmo por espionagem ilegal.
No entanto, não é só o Brasil que enfrenta problemas com a criptografia. Recentemente, o FBI entrou em uma batalha jurídica com a Apple nos Estados Unidos pelo desbloqueio do iPhone de um terrorista envolvido no ataque em San Bernardino, na Califórnia. O FBI pedia que a empresa propositalmente enfraquecesse as defesas do iPhone, enquanto a empresa se negava terminantemente a cumprir a ordem. No fim das contas, o FBI conseguiu hackear o aparelho sem a ajuda da companhia.
Fonte: Fonte G1 e Olhar Digital